A cirurgia de pubalgia é indicada para tratar dores persistentes na região do púbis causadas por lesões musculares ou tendíneas.
O que é a pubalgia e quando a cirurgia é indicada
A pubalgia é uma síndrome dolorosa que atinge principalmente a musculatura da região púbica, afetando tendões, ligamentos e articulações. É uma condição comum entre atletas, especialmente jogadores de futebol, corredores e praticantes de esportes que envolvem movimentos repetitivos da pelve. A dor, que se manifesta de forma gradual, muitas vezes se intensifica ao correr, chutar ou realizar movimentos bruscos.
O tratamento conservador é sempre a primeira tentativa e envolve repouso, fisioterapia, aplicação de gelo, uso de anti-inflamatórios e fortalecimento muscular. No entanto, quando os sintomas persistem por mais de três a seis meses, mesmo com adesão a esses métodos, a cirurgia se torna a opção mais adequada. A decisão cirúrgica também considera a extensão da lesão, histórico de recidivas e interferência nas atividades do dia a dia.
Além de corrigir lesões musculares e tendíneas, a cirurgia pode tratar hérnias esportivas ocultas, que são comuns em casos avançados de pubalgia. Por isso, uma avaliação clínica detalhada e exames de imagem como ressonância magnética ou ultrassonografia dinâmica são essenciais para planejar o procedimento corretamente.
Como é feita a cirurgia de pubalgia
Existem duas abordagens principais: a cirurgia aberta e a laparoscópica. A laparoscopia, por ser menos invasiva, é a mais usada atualmente. Nela, são feitos pequenos cortes por onde o cirurgião insere uma microcâmera e os instrumentos para reparar os danos internos. Essa técnica reduz a dor no pós-operatório e acelera o processo de recuperação.
Durante a cirurgia, o médico pode realizar diferentes correções, como a sutura de tendões, liberação de estruturas comprimidas, reforço da parede muscular abdominal e até a colocação de telas sintéticas nos casos em que há fraqueza muscular ou hérnia. O tempo cirúrgico costuma variar entre 1 a 2 horas e, na maioria dos casos, o paciente tem alta em menos de 48 horas.
A anestesia é, em geral, peridural com sedação ou anestesia geral leve. O risco de complicações é considerado baixo, mas podem ocorrer hematomas, infecções ou dor prolongada se os cuidados pós-operatórios não forem seguidos corretamente. Cirurgiões experientes e a escolha de um centro cirúrgico de qualidade reduzem consideravelmente esses riscos.
Recuperação, fisioterapia e retorno ao esporte
O processo de reabilitação após a cirurgia é fundamental para o sucesso do tratamento. Nos primeiros dias, o paciente deve manter repouso relativo, evitar esforços e utilizar analgésicos conforme orientação médica. O uso de cintas abdominais pode ser indicado nos casos em que há correção de hérnias ou reforço muscular.
A fisioterapia começa geralmente na segunda semana após a cirurgia, com exercícios leves de mobilidade, alongamentos e fortalecimento progressivo. A partir da terceira ou quarta semana, são iniciadas atividades mais intensas de estabilização do core, correção postural e reeducação funcional. Esse processo pode durar de seis a doze semanas, dependendo da resposta individual de cada paciente.
O retorno ao esporte acontece de forma gradual e deve ser liberado apenas após avaliação clínica e funcional. Para atletas profissionais, essa fase é crítica e deve ser acompanhada por um fisioterapeuta esportivo. O objetivo é garantir que o corpo esteja preparado para evitar recidivas da lesão e permitir a retomada do alto rendimento com segurança.
A cirurgia de pubalgia, embora não seja amplamente conhecida fora do meio esportivo, tem se mostrado uma solução eficaz para pacientes que sofrem com dores persistentes e impacto funcional. Mesmo pessoas que não praticam esportes de alto impacto podem se beneficiar do procedimento, especialmente quando a pubalgia interfere em atividades simples como caminhar ou subir escadas.
Prevenção e cuidados futuros
Após a recuperação completa, é importante adotar hábitos preventivos para evitar a reincidência da pubalgia. O fortalecimento do core, o equilíbrio entre os grupos musculares do quadril e o alongamento regular são medidas que contribuem significativamente para manter a estabilidade da pelve. Técnicas de correção postural e acompanhamento fisioterapêutico contínuo também podem ser incorporadas à rotina do paciente.
Para quem pratica esportes regularmente, vale a pena investir em uma avaliação biomecânica para corrigir padrões de movimento que possam sobrecarregar a região púbica. No caso de atletas, o suporte de um preparador físico experiente também ajuda a adaptar os treinos e evitar sobrecargas desnecessárias.
A pubalgia pode ser uma condição limitante, mas com o diagnóstico correto, abordagem cirúrgica adequada e um plano de recuperação bem estruturado, é possível alcançar alívio da dor e retomar a qualidade de vida.
5 diferenciais da cirurgia de pubalgia:
Procedimento resolutivo para casos crônicos e refratários
Técnicas modernas como a laparoscopia, com recuperação mais rápida
Planejamento individualizado de acordo com o tipo de lesão
Recuperação funcional com apoio de fisioterapia especializada
Alta taxa de retorno ao esporte ou atividades cotidianas sem dor